TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA
Referências:
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Clarity Way (2013). Physical vs Mental Addictions: What's the Difference? | Clarity Way. Disponível em: https://www.clarityway.com/blog/physical-psychological-addiction/ (consultado em 16/05/2017)
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Grotenhermen, F. (2003). Pharmacokinetics and pharmacodynamics of cannabinoids. Clinical pharmacokinetics, 42(4), 327-360.
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NIDA (2007). "The Neurobiology of Drug Addiction": https://www.drugabuse.gov/publications/teaching-packets/neurobiology-drug-addiction (consultado em 20/04/2017)
[17] - http://www.aprovat.org/drogas-uso-abuso-dependencia-síndrome/ (consultado em 27/04/2017)
[18] - https://drogas8d.wordpress.com/tratamento-da-dependencia-de-drogas/ (consultado em 27/04/2017)
A tolerância ocorre quando uma pessoa deixa de responder da mesma forma ao consumo da droga, sendo necessárias doses cada vez maiores para se conseguir os efeitos desejados (NIDA, 2007). Esta desenvolve-se para a maioria dos efeitos do THC, entre eles o cardiovascular, o psicológico (incluindo os efeitos na cognição e na capacidade motora) e o analgésico. Tal fenómeno pode ser principalmente atribuído a mudanças na farmacodinâmica, possivelmente devido a uma diminuição e/ou dessensibilização dos recetores canabinóides. Pode dever-se também a alterações no metabolismo, embora em pequena proporção (Grotenhermen, F., 2003).
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Sendo a cannabis uma droga de abuso, tal como o álcool e o tabaco, têm a capacidade de criar adição, ou seja, provocam alterações a nível cerebral, ativando os neurónios, que libertam dopamina. Este neurotransmissor, na região do sistema límbico, provoca uma sensação de recompensa e prazer, criando dependência. Assim, a dependência caracteriza-se por um estado de compulsão para o consumo que se desenvolve quando os neurónios se adaptam a uma exposição repetida à droga, o que leva a que o organismo só funcione normalmente na presença da mesma (NIDA, 2007). Esta pode ser física ou psicológica, sendo que a física se manifesta por sintomas físicos do organismo face à falta da droga, levando a que os utilizadores se sintam doentes quando não a consumem. Por outro lado, a dependência psicológica ocorre quando uma pessoa apresenta o desejo mental de consumir, e não por necessidades físicas, sendo esta mais comum na cannabis (Clarity Way, 2013).
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Após a interrupção repentina do consumo de altas doses de THC a longo prazo, ou seja, em consumidores crónicos, podem observar-se sintomas de abstinência, como agitação, irritabilidade e insónia, afrontamentos, sudação, rinorreia, soluços, diarreia e anorexia. Estes são geralmente suaves e o risco de dependência física e psicológica é baixo quando comparado com o de outras substâncias, como os opióides, o tabaco, o álcool e as benzodiazepinas (Grotenhermen, F., 2003).
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Figura 11: Representação ilustrativa do fenómeno de tolerância.[17]
Figura 12: Representação ilustrativa do fenómeno de dependência.[18]
